sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Sobre as motociclistas garupa – Parte 01

Bem, eu estava com um texto preparadíssimo para falar de como é bom e prazeroso ser uma motociclista garupa, porém, pesquisando um pouco sobre o assunto, me deparei com certos machistas que acabaram com nós garupas em seus textos.Li esses artigos que rolam por aí em blogs e fóruns sobre motociclismo e fiquei definitivamente CHO-CA-DA!
  Como existem motociclistas machistas!Nossa!Eles reclamam da bagagem da mulher, da roupa que ela usa, da vaidade e principalmente do mau comportamento delas sobre a moto. Eu acho que os “machos” que escreveram esses textos absurdos nunca se depararam com uma mulher garupa e motociclista de verdade* (* ver post de terça-feira, 19 de outubro de 2010 AS FALSAS MOTOCICLISTAS),
falam tanto que as mulheres não sabem se comportar na garupa, mas isso é culpa deles mesmos que alimentam futilidades e atitudes dementes de suas “bonecas de porcelana”, não educando-as para o motociclismo.

  Não adianta, mulher que nasceu para ser patricinha ou madame deve curtir um bom carro importado com ar condicionado, câmbio automático, itens originais de série e uma porção de outras comodidades e não um simples banco de moto.Para elas, nem mesmo uma Harley Davidson Ultra Electra Glide Classic seria confortável!

  É fato que toda mulher  falsa motociclista tem ciúmes da moto do marido e com isso, automaticamente ela “monta” (é assim mesmo que elas definem o ato de subir na moto!) na garupa dele afim de “fingir” estar compartilhando bons momentos no motociclismo, sorrindo, cantando e fazendo de conta que "♫O mundo é perfeito e que todas as pessoas são felizes...♫" e muitas vezes esse “macho desorientado” que diz que toda garupa é uma “carne morta”, como ele mesmo definiu, acredita!Só que esse ser se esquece ou ele é tão machista que nem sabe que existem garupas muito mais dedicadas e experientes do que muito “pilotinho de doce” que existe por aí! 

  Posso não ser uma garupa perfeita, mas garanto a esses seres desinformados que nunca chorei por tomar chuva, passar frio ou por esquecer um pote de creme importado que prometia um rejuvenescimento super - hiper – mega – ultra – master - blaster imediato da pele como vi numa citação de um dos textos.Lhes garanto que dou muito mais valor a estrada do que a bagagem que vou levar e garanto mais ainda que se eles pararem de tentar colocar suas mulheres “carne morta” dentro do motociclismo, haverá menos stress para os pilotos e para as garupas motociclistas de verdade, que não suportam esse tipinho que em muitos dos casos são arrastadas pelos maridos.
  Desde muito nova estou envolvida com o motociclismo, meu pai me levava na escola de moto desde a pré-escola, praticamente cresci na garupa de uma moto e desde 2007 eu e meu marido estamos no meio do moto clubismo e moto turismo e mesmo quando estava sem um brasão nas costas honrei o meu colete, respeitei o piloto, (nesse caso, meu marido) que me leva e nossa moto, jamais me fiz de frágil em cima dela porque na estrada, aguentando sol, calor, frio e chuva, só quem tem muito amor pelo motociclismo e pela liberdade é que pode ser chamado de motociclista. Cansei de ver aventureiro, tanto piloto quanto garupa parar no meio do caminho e desistir, por fraqueza ou porque viram que para o motociclismo eles não serviam....
  Esse post foi mais um desabafo e absolutamente, não tive intenção de atingir ninguém, quis apenas alertar aos blogueiros e participantes de fóruns de assuntos motociclísticos que eles precisam se informar mais antes de generalizar as mulheres motociclistas, sejam elas piloto ou garupa.
  Ah!E só mais um lembrete:
-Lugar de “carne morta” é no frigorífico e não no banco de uma moto!

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